Áudio
A CDU realizou o primeiro Acto Público da candidatura às eleições para Assembleia da República de 2015 pelo Círculo Eleitoral de Beja, com a presença de Jerónimo de Sousa e do primeiro candidato e actual deputado João Ramos, procurando com o reforço da CDU garantir a eleição de deputados vinculados aos interesses e aspirações das populações e dar força à alternativa patriótica e de esquerda que o País precisa!
O Secretário-Geral alertou que "aqueles que têm governado o País e o conduziram à grave situação em que se encontra, querem continuar a iludir os portugueses passando de uns para outros a sua responsabilidade comum. Responsabilidade comum em anos e anos de governação realizando, no essencial, as mesmas políticas a favor dos grupos económicos e financeiros".
"Responsabilidade comum na decisão e opção de submeter o País às políticas do grande capital nacional e transnacional de empobrecimento e exploração dos PEC's e do Pacto de Agressão que tudo agravaram. Responsabilidade comum na decisão de continuar a manter o País sujeito ao arbítrio do estrangeiro, com o povo expropriado da sua decisão soberana sobre as questões essenciais da vida do País. Responsabilidade comum, portanto, por esta política que tem sido e é uma tragédia. Uma tragédia desde logo no plano social quando vemos serem destruídos, só entre 2009 e 2014, mais de 470 mil postos de trabalho e hoje 1 milhão e 200 mil portugueses no desemprego!" continuou Jerónimo de Sousa
"Quando vemos um crescimento sem paralelo do número dos portugueses que vivem abaixo do limiar da pobreza, mais 800 mil nestes anos de políticas de PEC e de Pacto de Agressão que continuam! Tragédia social, mas também desastre económico com o encerramento de dezenas de milhares de empresas e o afundamento do PIB nacional! Uma tragédia que foi ampliada pela política de ataque aos rendimentos do trabalho que os fizeram cair entre 2010 e 2014 cerca de 16,5%, em termos reais e na Administração Pública praticamente o dobro! Com a investida demolidora que promoveu contra o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública, a Segurança Social, a Cultura" disse.
"Com uma injusta e escandalosa política fiscal que atingiu de forma brutal os rendimentos do trabalho. Um brutal e desmedido confisco que se iniciou com os PEC's do governo do PS, se aprofundou com o Pacto de Agressão e os acordos PS/PSD-CDS sobre o IRC e se tem vindo a ampliar com novos aumentos de impostos e a criação de outros, por iniciativa do actual governo do PSD/CDS. De um governo que foi um empenhado e zeloso executor desse programa comum, concertado com os banqueiros, o grande capital nacional e transnacional e as instituições europeias que lhe dão cobertura" afirmou.
"Um governo que nos vem dizer que o País “está a dar volta”, mas ainda há dias ficámos a saber pelo INE não só que nos últimos quatro anos abandonaram o País cerca de meio milhão portugueses, mas que o ano de 2014, o dito ano anunciado como o início da recuperação, bateu todos os recordes de emigração! Aí estão os dados do desemprego de Maio a revelar um aumento, confirmando que a recuperação irreversível da economia e do emprego é pura propaganda! São a economia e o emprego ioiô, vai acima e vai abaixo uma décima, mas não sai do mesmo sítio. A economia não sai do fundo onde esta política das troikas o colocou e o emprego não sai dessa brutal e dramática dimensão que ronda um milhão e duzentos mil desempregados!" afirmou na sessão realizada nas Portas de Mértola, em Beja.