Numa situação internacional marcada pela agudização da crise do capitalismo e pela violenta ofensiva imperialista contra as conquistas e direitos dos trabalhadores e dos povos, realiza-se a 20 e 21 de Maio em Chicago, nos EUA, a Cimeira da NATO.
No quadro do aprofundamento da crise do capitalismo, o imperialismo lança-se numa escalada militarista e intervencionista.
Depois de ter renovado o seu conceito estratégico em 2010, que representou um novo e perigoso salto qualitativo na sua ambição intervencionista – de que a agressão à Líbia foi exemplo –, os EUA e a NATO, que tem a UE como seu pilar europeu, procuram alargar as suas zonas de influência, promovem a corrida aos armamentos e as despesas militares, o investimento em novas armas e a sua rede mundial de bases militares.
O imperialismo militariza as relações internacionais, prossegue a ocupação, lança ameaças de agressão, promove conspirações e manobras de ingerência contra países de todos os continentes e através de uma escalada armamentista permanente, viola os acordos internacionais de desarmamento existentes. Os princípios da Carta da ONU são postos em causa, acentua-se a instrumentalização da ONU para dar cobertura à violência imperialista. O processo de destruição do Direito Internacional resultante da derrota do nazi fascismo na Segunda Guerra Mundial abre as portas aos propósitos imperialistas de controlar recursos e de dominar o planeta no plano militar e geo-estratégico.
A NATO como principal instrumento do imperialismo no seu objectivo de domínio mundial, constituí uma enorme ameaça à paz e à segurança mundiais.
Mas, como a realidade está a comprovar, a resposta de força do imperialismo à crise do capitalismo confronta-se com a luta progressista e revolucionária dos povos que, em vários pontos do mundo, tomam nas suas mãos a defesa dos seus direitos e da soberania e independência dos seus países, resistindo das mais variadas formas e impondo revezes à estratégia de dominação imperialista.
Reafirmando o seu empenhamento na luta pela paz, pelo direito de cada povo a decidir livremente do seu destino, pelo progresso social e o Socialismo, os Partidos Comunistas e Operários signatários desta declaração:
- Exigem a retirada imediata de todas as tropas estrangeiras do Afeganistão, assim como de todas as outras intervenções imperialistas no Mundo.
- Rejeitam a escalada de guerra no Médio Oriente, nomeadamente contra a Síria e o Irão
- Exigem a dissolução da NATO e apoiam o direito soberano dos povos de decidir da desvinculação dos seus países desta aliança agressiva.
- Rejeitam a instalação do novo sistema antimíssil dos EUA e da NATO na Europa e reclamam o fim das bases militares estrangeiras.
- Exigem o fim da corrida aos armamentos, o desarmamento nuclear começando pelas maiores potências nucleares do Mundo – como os EUA - e a completa destruição das armas químicas e biológicas.
- Expressam a sua solidariedade aos povos que resistem às ocupações, agressões e ingerências do imperialismo, nomeadamente no Médio Oriente, na Ásia, na América Latina e em África.
Partidos signatários do Apelo Comum de Partidos Comunistas e Operários
1. Partido Comunista Sul Africano
2. Partido Comunista da Argentina
3. Partido Comunista Azerbaijão
4. Partido Comunista da Austrália
5. Partido do Trabalho da Bélgica
6. Partido Comunista da Bielorússia
7. Partido Comunista do Brasil
8. Partido Comunista de Espanha
9. Partido Comunista dos Povos de Espanha
10. Partido Comunista dos EUA
11. Partido Comunista da Finlândia
12. Partido Comunista Francês
13. Partido Comunista Unificado da Geórgia
14. Partido Comunista da Grécia
15. Novo Partido Comunista da Holanda
16. Partido do Povo do Irão
17. Partido Comunista da Índia
18. Partido Comunista da Índia (Marxista)
19. Partido Comunista da Irlanda
20. Partido dos Trabalhadores da Irlanda
21. Partido dos Comunistas Italianos
22. Partido Comunista Libanês
23. Partido Comunista Luxemburguês
24. Partido Comunista de Malta
25. Partido Comunista de México
26. Partido Comunista Palestiniano
27. Partido Comunista Peruano
28. Partido Comunista da Polónia
29. Partido Comunista Português
30. Partido Comunista Britânico
31. Partido Comunista da Boémia e Morávia
32. Partido Comunista da Federação Russa
33. PC Operário Russo – Partido dos Comunistas Revolucionário
34. Partido Comunista Sírio (Unificado)
35. Partido Comunista da Ucrânia
36. AKEL de Chipre
37. Partido da Refundação Comunista
38. Partido Comunista dos Trabalhadores Húngaros
39. Partido dos Trabalhadores do Bangladesh
40. Partido Comunista da Suécia
Subscreveram também esta posição comum
União do Povo Galego
Partido dos Comunistas da Transnestria