Relatório Kristovkis sobre a não proliferação de armas de
destruição maciça: um papel para o Parlamento Europeu
Começando por salientar que o Parlamento tomou a iniciativa de
elaborar um relatório sobre a "não proliferação" e não sobre o
desarmamento, consideramos que a resolução, apesar de incluir pontos
positivos, integra outros muito graves.
É muito grave e
inaceitável a consideração da possibilidade de "recorrer à força
militar" no quadro da não proliferação de armas de destruição maciça. O
"suporte" que tal política deu à monumental operação de manipulação, à
agressão e ocupação do Iraque pelos EUA e seus aliados - com o
inaceitável e falso argumento de que aquele país teria armas de
destruição maciça -, denuncia os seus reais objectivos e intenções.
É perigosa - e não inocente - a associação entre a denominada "luta
contra o terrorismo", em parceria com os EUA, e a não proliferação de
armas de destruição maciça.
Lamentamos igualmente a rejeição de
propostas do nosso Grupo parlamentar no sentido da criação de uma
agência europeia de desarmamento, da denúncia da instrumentalização das
Nações Unidas pelos EUA, de fazer da Europa uma zona livre de armas
nucleares, da retirada da Europa das armas nucleares dos EUA, ou ainda
do instar à Alemanha a eliminação do seu potencial de enriquecimento de
urânio no reactor de investigação de Garching.