Intervenção de Sandra Pereira no Parlamento Europeu

Não à liberalização, privatização e desregulação do sector da energia

O papel da energia solar no aprovisionamento de energia deve ser valorizado como solução de presente e de futuro, em particular nos países como Portugal, com elevado potencial endógeno neste domínio.
Subordinar os sectores da indústria e da energia, solar ou outra, aos interesses privados é uma afronta à soberania dos povos, aos direitos dos trabalhadores e das populações. Mas são essas as opções políticas tomadas pela UE: liberalização, privatização e desregulação do sector da energia.

As consequências destas políticas desastrosas são bem conhecidas e sentidas por todos:
. aumentaram os preços pagos pelos consumidores,
. diminuiu o emprego com direitos,
. desrespeitaram-se os interesses e a soberania energética dos Estados-membros, desprezando a defesa de um serviço público de qualidade, que sirva os reais interesses dos consumidores e o desenvolvimento e progresso social.

Ao mesmo tempo as empresas energéticas, privatizadas, continuam a acumular milhões de lucros todos os dias.

A energia, solar ou outra, é um bem público e o fornecimento e acessibilidade energética são um serviço público essencial. O que se exige é, pois, a defesa da soberania energética, da segurança do abastecimento, preços acessíveis e ajustados à evolução das economias e um serviço público de qualidade.

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