Senhor Presidente, o que os senhores comissários aqui apresentaram reafirma, no fundamental, a continuação da política do Pacto de Estabilidade, da política enunciada agora na Cimeira de Bruxelas de acelerar liberalizações, de flexibilizar o mercado de trabalho. Enfim, é uma insistência em mais do mesmo.
As consequências estão a ser desastrosas, designadamente no país donde venho, que é Portugal, onde entrámos em recessão técnica, onde aumentámos a divergência relativamente às médias da União Europeia, onde o desemprego cresce a um ritmo superior ao da União europeia e onde temos a maior taxa de pobreza, inclusive da pobreza persistente.
Impõe-se, pois, uma mudança política. Pergunto: para quando a revisão do Pacto de Estabilidade para podermos apostar em investimento público, na criação de mais emprego, na melhoria de poder de compra, num combate eficaz à pobreza e à exclusão social?