Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Mulheres e ciência - Declaração de voto de Ilda Figueiredo no PE

Sabemos que há mais mulheres do que homens no ensino superior, mas,
quando se trata de escolher uma carreira na investigação, o número de
mulheres ainda é superado pelo dos homens. O aumento da entrada de
mulheres no ensino superior não conduziu a uma mudança equivalente do
rácio mulheres/homens em certos domínios académicos ou profissionais
nem eliminou a diferença salarial entre homens e mulheres.

Como a relatora salienta, as mulheres investigadoras ainda estão em
minoria nos sectores público e do ensino superior e, na União Europeia,
ambos os sectores apresentam uma média de 35% de mulheres. Em todos os
países estes dois sectores apresentam uma percentagem mais elevada de
mulheres investigadoras do que o sector privado, onde a média
comunitária não ultrapassa 18% de mulheres. De notar que existem
grandes variações entre os países. Os que têm menos mulheres na
investigação no sector privado são a Alemanha (11,8%), a Áustria
(10,4%) e os Países Baixos (8,7%), situação que contrasta com a de
países como a Letónia, a Bulgária e a Roménia nos quais a percentagem é
superior a 40%.    Também os padrões de distribuição dos
investigadores masculinos e femininos por grandes domínios científicos
são muito diferentes. Entre os homens investigadores no ensino
superior, 54% trabalham na área das ciências naturais e na engenharia,
contra apenas 37% das mulheres investigadoras.

  • Assuntos e Sectores Sociais
  • Declarações de Voto
  • Parlamento Europeu