Esta resolução procura assegurar uma passagem de fronteiras fluida e eficaz para o transporte rodoviário de mercadorias, aquando do desenvolvimento de políticas da UE, garantindo nos trajetos transfronteiriços na UE (independentemente se é ou não no espaço Schengen) se garante a passagem rápida e eficiente de bens e serviços. Por princípio, de forma global, esta proposta parece racional. A resolução dá um enfoque grande em duas realidades territoriais específicas, a Roménia e a Bulgária, solicitando que seja flexibilizada a sua admissão no espaço Schengen - enquanto condição para o aumento da eficiência do transporte transfronteiriço -, questão que veicula uma sobreposição de políticas que não deve ser avaliada de forma leviana. A resolução salienta, ainda, uma questão que tem merecido críticas da nossa parte: face a uma suposta falta de motoristas, tem existido uma pressão para facilitar a formação e a contração de motoristas jovens. No contexto que esta resolução expõe (de abertura a uma mão-de-obra mais explorada), esta proposta só significa desvalorização geral dos salários e aumento da insegurança rodoviária. Ainda que se compreenda a questão central da resolução, a sua formulação abre possibilidades que não vão ao encontro dos interesses dos trabalhadores do sector.