Esta é mais uma mobilização do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG) que, neste caso, pretende beneficiar os trabalhadores da que foram despedidos da fábrica Checa da multinacional Unilever. A posição da Comissão Europeia foi, neste campo, muito polémica, tendo em conta que se limitou a afirmar que a Unilever não recebeu qualquer auxílio estatal ou apoio financeiro de fundos europeus para a abertura da fábrica na República Checa, antes ou depois da adesão à UE, mas não deu informações sobre o que se passa noutras fábricas do Grupo, argumentando com a sua não obrigatoriedade no regulamento do FEG.
Daí que no debate na Comissão do Emprego e Assuntos Sociais tivesse chamado a atenção para o facto de nenhuma informação estar disponível em relação ao que se passa com o grupo Unilever, a nível da União Europeia, e tivesse proposto que na revisão do Regulamento se tenha em conta esta questão para que haja um exame à situação financeira, incluindo ajudas públicas, das empresas multinacionais cuja reestruturação justifique a intervenção do FEG, sem comprometer o acesso de trabalhadores despedidos ao respectivo Fundo.
Daí o nosso voto favorável a estas propostas.