A Bélgica apresentou uma candidatura à mobilização do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG), na sequência de despedimentos na Carrefour Belgique S.A.. A Comissão Europeia propôs a mobilização do FEG, a fim de apoiar a reintegração no mercado de trabalho dos trabalhadores despedidos. Esta candidatura, a décima no setor retalhista desde a criação do FEG, diz respeito ao despedimento de 1.019 trabalhadores, envolvendo a mobilização de um montante total de 1.632.028 euros. A justificação para os despedimentos é conhecida: a Bélgica alega que estão relacionados com mudanças importantes nos padrões do comércio a retalho devido à globalização e, em especial, ao aumento das compras em linha, o que resulta em despedimentos. A evolução dos padrões a nível dos hábitos de consumo e a digitalização também têm impacto no comércio a retalho. O apoio a mobilizar visa cofinanciar ações de: apoio/orientação/integração; formação, requalificação e formação profissional; apoio à criação de empresas; contribuição para a criação de empresas; subsídios. Votámos favoravelmente esta mobilização, para apoio aos trabalhadores despedidos, mas não deixamos de denunciar, uma vez mais, a hipocrisia deste instrumento, que se trata de um mero paliativo, quando necessário é atacar a causa de fundo do problema: a globalização capitalista e as políticas neoliberais que lhe dão forma.