Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

A mobilidade educativa e profissional das mulheres na UE

A mobilidade educativa e profissional, ou seja, a possibilidade de trabalhar e estudar fora do país, em condições dignas, deve ser garantida. Mas sejamos realistas – hoje, a palavra “mobilidade”é um eufemismo da linguagem eurocrata para falar da emigração forçada. Porque as pessoas, e as mulheres, vêem-se cada vez mais forçadas a abandonar o seu país, para sobreviver ou sustentar as suas famílias.
Estamos profundamente em acordo com a parte deste relatório que refere a necessidade do combate ao trabalho precário e a promoção do trabalho com direitos, a garantia da rede pública de cuidados de saúde, um sistema público de segurança social e práticas diferenciadas da organização do trabalho, a pedido da mulher. Mas, apenas e somente, a pedido da mulher. Não admitimos a ideia de flexibilização do trabalho ou a utilização do trabalho à distância, partindo do princípio de que é isso que as mulheres querem. São elas que devem ter o direito a decidir sobre as suas necessidades de compatibilização entre a vida pessoal, familiar e profissional.

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