Miguel Viegas, deputado do PCP ao Parlamento Europeu, de visita ao distrito de Braga

Miguel Viegas, deputado do PCP ao Parlamento Europeu, de visita ao distrito de Braga

No quadro das habituais visitas dos eleitos do PCP, Miguel Viegas, deputado no Parlamento Europeu esteve esta sexta-feira no distrito de Braga. De manhã esteve na empresa Continental Mabor, reunindo com a administração e posteriormente com as organizações representativas dos trabalhadores. No início da tarde, esteve em contacto com os trabalhadores em greve do Hotel da Estação. O dia acabou com uma reunião com trabalhadores da Bosch à porta da empresa, pelo facto da empresa ser ter recusado reunir com o PCP, e ter impedido a entrada da delegação nas suas instalações.

Na reunião com a Mabor Continental, foram discutidos vários assuntos, uns relacionados com a situação da empresa e do seu posicionamento estratégico no quadro nacional e internacional, e outros relacionados com questões internas da empresa ao nível das condições de trabalho, horários, política de remuneração, contratações etc. O deputado comunista fez um balanço muito positivo da visita, da qual retirou um conjunto de elementos muito relevantes no desenvolvimento da actividade parlamentar do PCP, seja no Parlamento Europeu, seja na Assembleia da República, seja ainda no quadro autárquico, designadamente do que toca às acessibilidades da fábrica aos eixos estruturantes do concelho de Famalicão. Nesta questão, a solução anunciada, do ponto de vista do PCP, resolvendo a questão pontual daquela zona industrial, não corresponde às necessidades mais vastas do concelho, pelo que se mantém a exigência da construção da variante a poente do concelho.

Durante a tarde, acompanhado de João Frazão, da Comissão Política do Comité Central do PCP, Miguel Viegas esteve à porta do Hotel da Estação para prestar a sua solidariedade com as trabalhadoras em greve que lutam pelos seus salários em atraso e por condições dignas de trabalho.

De seguida a comitiva esteve à porta da Bosch onde reuniu com os trabalhadores de quem ouviu de viva voz os problemas vividos nesta importante empresa do concelho de Braga. Os baixos salários, a precariedade generalizada e a pressão exercida sobre os trabalhadores, em torno de ritmos de trabalho desumanos, visando condicionar o exercícios de direitos e a sua capacidade reivindicativa foram os temas dominantes.

Pela sua parte, o deputado comunista lembrou que as directivas europeias colocam limites aos contratos a termo, pelo que é no mínimo estranho que Bosch, que tantos subsídios tem recebido da União Europeia não respeite as normas mínimas no que toca à legislação laboral. Por outro lado, Miguel Viegas considera lamentável que esta empresa tenha recusado reunir com um deputado do Parlamento Europeu cujo mandato prevê explicitamente, entre outros assuntos, a fiscalização da execução do orçamento comunitário, designadamente no que respeita à aplicação dos fundos estruturais de que a Bosch tem sido amplamente beneficiada.

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