Intervenção de Sandra Pereira no Parlamento Europeu

Mercado único digital é promotor de desigualdades

As tecnologias digitais têm o potencial de melhorar o acesso dos cidadãos à informação e à cultura, bem como proporcionar-lhes uma escolha mais vasta, diversificada e fácil no acesso a bens e serviços públicos e potenciar a sua qualidade de vida.

Mas este «Guião para a Década Digital» segue a cartilha neoliberal das instituições europeias, orientado para o Mercado Único Digital, que tem sido um instrumento promotor das desigualdades entre Estados-Membros, dificultando particularmente a vida das Micro, Pequenas e Médias Empresas, que não conseguem fazer face à concorrência e à brutal desigualdade dos meios e dos recursos que estão ao alcance das grandes empresas multinacionais do sector.
E agora também dos já institucionalizados “unicórnios”.

De acordo com a proposta, os Estados-Membros deverão elaborar roteiros nacionais subordinados às recomendações específicas por país, formuladas no âmbito do Semestre Europeu, a que nos opomos por ser parte integrante dos instrumentos de imposição, condicionamento e controlo da União Europeia sobre as políticas de Estados-Membros.
A realidade mostra que o “guião” deveria já ser outro!

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