Defendemos e valorizamos o desenvolvimento da cooperação entre Estados no domínio da resposta a situações de catástrofe, sobretudo as de grandes dimensões. Essa cooperação pode envolver coordenação de esforços, empréstimo ou até partilha de meios.
Mas não devemos esquecer alguns aspectos importantes.
A protecção das pessoas, de infra-estruturas e bens, a protecção do território e da Natureza, é uma obrigação dos Estados, uma função que toca no âmago da sua soberania. Para ser convenientemente exercida são necessários meios próprios, robustos e adequados aos riscos em presença.
Os serviços de protecção civil, pela sua natureza, exigem uma forte ligação e um profundo conhecimento do território e das populações. Tal tem implicações também nas cadeias de comando, que mesmo em situações de cooperação e de auxílio, devem manter-se no plano nacional.
A União Europeia, que não tem feito tudo o que podia - por exemplo, no domínio do apoio aos Estados-Membros no desenvolvimento de capacidades próprias, desde logo na prevenção, - quer agora fazer mais do que deve. A usurpação de cadeias de comando para um plano supranacional, por exemplo, suscita riscos não despiciendos, para além de fundada objecção política.