Dentro dos limites extremamente exíguos do orçamento comunitário - que os senhores desta UE não parecem dispostos a alterar e que impedem qualquer perspectiva de convergência e coesão efectivas - há opções fundamentais a fazer.
É inaceitável que perante a gravíssima crise que afecta as economias mais vulneráveis da UE, se persista em exigências incomportáveis relativamente ao co-financiamento para utilização dos fundos comunitários, designadamente dos fundos estruturais.
A própria Comissão reconhece as baixas taxas de absorção por parte destes países. Mas insiste-se em exigências de co-financiamento que as medidas ditas de austeridade impostas a estes países não permitem assegurar. Desde logo, porque reduzem à indigência o investimento público.
Por isso temos defendido a supressão ou a substancial redução (até um máximo de 10%) da comparticipação nacional, para utilização plena dos fundos comunitários por parte dos países que enfrentam maiores dificuldades.
Para que o dinheiro possa efectivamente ser aproveitado pelos que dele mais precisam e não devolvido aos cofres dos que menos necessitam.
É preciso travar a imparável e implacável dinâmica de divergência em que está UE está mergulhada. A política orçamental tem aqui um papel crucial.