Intervenção de Maria Etelvina Ribeiro, Membro do Comité Central do PCP, XX Congresso do PCP

A luta nas empresas e locais de trabalho

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Camaradas,

Viva a luta da classe operária e dos trabalhadores!

Saúdo todos os Delegados e Convidados presentes no XX Congresso do Partido Comunista Português.

Camaradas, a luta da classe operária e dos trabalhadores foi e é o motor da luta de massas. A luta confirmou-se e confirma-se como factor decisivo para ruptura com a política de direita, para a construção da alternativa política patriótica e de esquerda, para a construção em Portugal de uma sociedade liberta da exploração capitalista. Para a construção do Socialismo e do Comunismo.

A classe operária foi o alvo principal da brutal ofensiva contra os direitos sociais e laborais, levada a cabo pelo governo PSD/CDS-PP ao serviço do grande capital e do grande patronato intensificando assim a exploração.

Esta ofensiva, acompanhada de um intenso ataque ideológico, teve significativa expressão no roubo de quatro feriados, do número de três dias de férias, o corte do valor de pagamento das horas extraordinárias, o congelamento e corte de salários, a desregulação dos horários de trabalho, ao mesmo tempo que aumentavam os benefícios fiscais às grandes empresas. Estes ataques foram também acompanhados pelo bloqueio à contratação colectiva, pela promoção do aumento do desemprego e da precariedade. No centro da acção do governo PSD/CDS-PP e do patronato para alterar a correlação de forças entre trabalho e o capital esteve o ataque ao movimento sindical unitário, visando limitar a resposta da classe operária e dos trabalhadores.

A determinada e corajosa resposta dos trabalhadores em diversos sectores de actividade, público e privado, os sindicatos da CGTP-IN assumiram um papel central e determinante. Uma luta travada nas empresas e locais de trabalho, que assumiu diversas formas (plenários, abaixo-assinados, greves, paralisações, manifestações, concentrações, marchas, distribuição de documentos) e importantes momentos de convergência, nas comemorações do 25 de Abril e em particular as grandes Manifestações realizadas nos distritos no 1.º de Maio, mas também as muitas acções convocadas pela CGTP-IN, contra a politica que nos impõem. A resistência e organização de trabalhadores em situação de grande precariedade laboral, estes não deixaram de tomar nas suas mãos a luta pelos direitos, como foram os casos dos trabalhadores do sector empresarial do Estado, da Administração pública, do sector do vidro, metalúrgico, químico, alimentação, da hotelaria, da energia; das telecomunicações; do sector naval; dos transportes; dos aeroportos; da logística, entre muitos outros.

Camaradas,

No actual quadro politico é preciso e importante a luta reivindicativa, para dar força a todos os processos negociais, objectivo de importância central para garantir o emprego e assegurar o aumento dos salários, a valorização profissional, a estabilidade no emprego, a defesa e conquista de direitos pelas 35h, a melhoria das condições de vida. É necessário agir com firmeza exigindo a passagem dos trabalhadores com vínculo precário a posto de trabalho efectivo.

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