Luís Montenegro quer fugir do debate com Paulo Raimundo sobre a situação do País, as soluções e respostas para os problemas nacionais. Depois de acordado um modelo de debates entre as televisões e os partidos com representação parlamentar, o PSD e o seu presidente querem agora esconder-se e esconder o seu projecto atrás de pretextos.
A CDU é a verdadeira força do combate à direita e à política de direita, que foi e será determinante para barrar o caminho à política e projectos que empobrecem a vida dos trabalhadores e do povo, acentuam desigualdades, amputam direitos.
Luís Montenegro sabe que o PCP não deixará esquecer o papel que assumiu enquanto presidente do grupo parlamentar do PSD no período do assalto da política da troika a direitos, salários e pensões, assim como sabe que foi o PCP, e a luta dos trabalhadores e do povo, o mais firme e determinado obstáculo e opositor a essa política. É este debate que Luís Montenegro recusa.
Com a fuga a este debate, Luís Montenegro esquiva-se a ser confrontado a partir do concreto, e para lá das promessas, com o que quer manter escondido quanto a questões decisivas como as da política salarial, valorização das pensões, direitos dos trabalhadores, direito à habitação, defesa e valorização do Serviço Nacional de Saúde. Temas cruciais em que com elevada probabilidade não encontrará quem como o PCP e a CDU o confrontará com o seu passado e o forçará a revelar as suas reais intenções.
Percebe-se que Montenegro queira fugir ao embate com opções e soluções de esquerda. Mas essa atitude não só empobrece o debate político como é revelador da necessidade do PSD em esconder o seu verdadeiro projecto.
Não facilitaremos esta intenção. Os debates foram organizados sobre determinados pressupostos. Independentemente da avaliação crítica sobre o modelo, notoriamente favorecedor de uns face a outros, esta intenção do presidente do PSD agrava esta realidade. Não será por parte do PCP e da CDU que esse momento clarificador de debate não se realizará.