"Amigos, amigos, negócios à parte"...
Isto a propósito de, mais uma, contradição entre a UE e os EUA, desta feita no sector aeronáutico, onde apesar dos acordos firmados (ajudas públicas, 1992), cada um trata de defender os seus interesses, pois, a concorrência capitalista assim o obriga...
Queixa-se o PE que "a UE respeitou sempre o espírito e a letra do Acordo de 1992 e tem apresentado regularmente provas documentadas desse facto" e que, pelo contrário, "os EUA ignoraram amplamente as suas obrigações", anunciaram "a sua intenção de se retirarem do acordo unilateral" e apresentaram "à OMC um recurso contra a UE, citando financiamentos europeus reembolsáveis que respeitavam o Acordo de 1992 e que são semelhantes aos de que beneficia a Boeing".
Ao mesmo tempo que, face "às reacções adversas da Boeing e do Congresso dos EUA" ao contrato adjudicado à Northrop Grumman Corporation EADS para o programa de aeronaves de abastecimento de combustíveis da Força Aérea dos EUA, o PE procura "pôr água na fervura", apontando a necessidade de "alcançar um equilíbrio pragmático entre o apoio civil europeu e o complexo militar-indústrial dos EUA".
Afinal a soberania é só para alguns e o "comércio livre" é só para os outros...