O PCP realizará amanhã, dia 20 de Maio, por todo o país, uma jornada nacional de contacto e mobilização dos trabalhadores e da população contra as medidas acordadas entre o Governo PS e o PSD que, no seguimento das que já tinham sido inscritas no PEC, aprofundam a ofensiva contra os direitos do povo português e comprometem o futuro do país.
Menos salário ao fim do mês, bens e produtos mais caros, eis o que o autêntico roubo agora anunciado nos salários – com a imposição de um novo imposto de 1 e 1,5% – conjugado com o aumento do IVA irá determinar.
Um roubo que se junta ao anúncio de cortes no investimento público, de aumento de portagens, de diminuição do valor do subsídio de desemprego, de diminuição do valor passível de ser deduzido na colecta de IRS, da privatização de mais de uma dezena de empresas e que agravará a actual situação social e aprofundará a crise económica.
Um roubo nos salários, um roubo aos trabalhadores e ao Povo português, tão mais escandaloso quanto se sabe que os lucros e os privilégios dos grandes grupos económicos permanecem intocáveis, evidenciando que, ao contrario do que diz o governo, os sacrifícios não atingem o grande capital.
Nesta acção de rua que se irá realizar, com a distribuição de documentos nos locais de trabalho, junto dos principais terminais de transporte, em praças e ruas de várias localidades, o PCP reafirmará que o país não está condenado a esta política de desastre, que é possível um outro rumo para Portugal que assegure o combate às injustiças, a criação de emprego, a defesa da produção e da soberania nacional.
Esta iniciativa, que decorrerá nas vésperas da votação da Moção de Censura ao governo PS e à política de direita apresentada pelo PCP na Assembleia da República, encontra-se também inserida no forte apelo do PCP aos trabalhadores e ao povo português para que participem na manifestação da CGTP-IN marcada para Lisboa no próximo dia 29 de Maio.
Esta acção de rua culminará com a realização de um comício em Lisboa – Voz do Operário - que contará com a intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP.
