Na data em que se assinala um ano da ilegítima e injusta prisão de Lula da Silva, Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, dirigiu-lhe uma carta manifestando “a mais sincera solidariedade dos comunistas portugueses e o seu profundo empenho na exigência da sua pronta libertação”.
Nesta mensagem de solidariedade, foi realçado que o PCP denunciou desde o primeiro momento o golpe perpetrado contra a legítima Presidente Dilma Rousseff e o carácter político do processo judicial que visou impedir a candidatura de Lula da Silva à Presidência do Brasil, através dos quais os sectores mais reaccionários e revanchistas no Brasil procuraram reverter os importantes avanços de progresso e soberania alcançados pelo povo brasileiro a partir de 2003, com a eleição de Lula da Silva para a Presidência do Brasil.
Para o PCP, a eleição de Bolsonaro, fruto de um processo fraudulento e antidemocrático, “representa a face mais obscurantista e retrógrada da classe dominante que, através do desrespeito das liberdades e direitos democráticos, procura abrir caminho ao programa de intensificação da exploração e de ataque aos direitos sociais, de abdicação da soberania nacional e subordinação ao imperialismo, de promoção de valores profundamente reaccionários e de imposição de um poder de cariz ditatorial no Brasil.”
“Uma séria ameaça não só presente no Brasil, mas também noutros pontos da América Latina e do mundo, onde o imperialismo norte americano, com o apoio dos seus subordinados, leva a cabo uma violenta ofensiva com que visa salvaguardar e impor a sua hegemonia mundial.”
Jerónimo de Sousa reafirmou na sua mensagem de solidariedade a confiança dos comunistas portugueses de que “através da sua unidade e luta, os trabalhadores e o povo brasileiro derrotarão as forças reaccionárias e revanchistas, apologéticas da ditadura militar, e retomarão o caminho de progresso social, de desenvolvimento soberano, de cooperação e de paz.”