Intervenção de

Interven??o do deputadoJo?o Amaral<br />A dram?tica situa?

Senhor Presidente,Senhores Deputados:A dram?tica situa??o de guerra prolongada em Angola causa profunda repulsa e preocupa gravemente o Mundo. Atrav?s da ONU e de m?ltiplas iniciativas diplom?ticas, muitos esfor?os foram feitos para fazer cessar a guerra e garantir uma vida democr?tica e de paz em Angola.Mas, desde que esses esfor?os foram empreendidos, a uma qualquer plataforma de estabiliza??o segue-se sempre uma ac??o de rotura, que faz recome?ar a guerra.Hoje, j? ningu?m tem d?vidas que ? de Jonas Savimbi e daqueles que o seguem dentro da UNITA que partem essas ac??es de rotura.Isso est? declarado em numerosos relat?rios e delibera??es da ONU e nas posi??es de todas as entidades diplom?ticas com responsabilidades no processo angolano, sem excep??es.Por isso, os esfor?os concertados da comunidade internacional visam hoje a condena??o da UNITA de Savimbi e o seu isolamento, nomeadamente quanto aos processos que lhe t?m permitido manter a sua m?quina de guerra.A posi??o do PCP ? a de que Portugal deve participar nas inst?ncias internacionais e desenvolver esfor?os diplom?ticos pr?prios tendo em vista uma contribui??o activa para o fim de uma guerra, que se mant?m por responsabilidade da UNITA de Savimbi e de quem a sustenta.Esta ? a quest?o essencial na guerra de Angola que vem destruindo o pa?s e lan?ado na morte, na defici?ncia f?sica e na fome e mis?ria a sua popula??o.Prop?e o PP (na parte dispositiva do seu texto, que ? o e se vota), que Portugal mude de posi??o, e apare?a na cena internacional, em contra-corrente, a condenar o Governo de Angola pela manuten??o da guerra, a pretexto do relat?rio divulgado pela institui??o ?Global Witness?. Discordamos frontalmente.Esta ? de facto uma guerra em que se movem os mais poderosos interesses das grandes empresas dos diamantes e do petr?leo, que, s?mbolos m?ximos de um capitalismo por natureza voraz e sem ponta de moral, n?o hesitam em lan?ar m?o de todos os meios, incluindo a guerra, para servir os seus lucros.Mas, esta constata??o, que n?o ? de agora, n?o pode servir para iludir responsabilidades.A Assembleia da Rep?blica n?o pode passar o tempo a pronunciar-se sobre a pol?tica interna de Angola com o paternalismo mal disfar?ado que emerge de pretens?es neo-colonialistas.O debate internacional sobre Angola ? sobre a guerra. E a guerra ? da responsabilidade, internacionalmente definida, da UNITA de Savimbi e de quem a apoia.Estamos preocupados com a situa??o em Angola em todos os planos, desde o desenvolvimento at? ? vida democr?tica.Mas n?o se iluda a quest?o essencial, porque isso ? fazer o jogo da guerra, o que nunca e a nenhum pretexto faremos.Estamos frontalmente contra a pol?tica criminosa das grandes empresas que actuando em Angola e ? semelhan?a do que fazem em outros pa?ses, praticam grosseiras inger?ncias e fomentam a guerra.Mas, n?o se iluda a quest?o principal, porque isso ? fazer o jogo da guerra e o jogo dos interesses que dela se alimentam.Disse.

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