Indiferentes à devastação económica e social causada pelos ajustamentos estruturais com chancela do FMI, em países como a Grécia, os senhores desta União Europeia aprofundam a ofensiva e lançam-se agora sobre Portugal - com receita idêntica e incontida arrogância colonial.
Em troca de um empréstimo de 78 mil milhões de euros, prepara-se a entrega de empresas e de recursos nacionais, o corte nos salários e nas pensões (num país em que o salário mínimo não chega aos 500 euros), o encerramento de serviços públicos, o aumento dos preços de bens e serviços essenciais e o pagamento, só em juros, de 30 mil milhões de euros (cerca de 40% do montante do empréstimo). Mais de dois terços destes juros vão para a própria União Europeia. É este o significado da propagandeada "solidariedade europeia".
A persistência neste rumo levará inevitavelmente ao intensificar da luta social que por toda a Europa - e também em Portugal - se tem travado.
Aqui estamos e estaremos para a apoiar e animar, certos de que é nela que germinará a mudança e que se afirmará a alternativa, cada vez mais necessária e urgente nesta Europa.