Temos defendido que o desenvolvimento de infraestruturas energéticas se deve alinhar com os planos energéticos nacionais, e deve contribuir para a existência de um serviço público de abastecimento energético de qualidade, a preços justos e acessíveis para todos.
A actual situação caracteriza-se pela escalada de sanções que prejudicam todos os povos e pelos preços especulativos que pesam nos bolsos dos cidadãos e das pequenas e médias empresas.
A designada «excepção temporária» concedida a Portugal e Espanha mantém intocados aspectos como a liberalização, privatização e segmentação do sector, ou a metodologia de fixação de preços nos mercados grossistas, que é responsável por diferenciais escandalosos entre os custos na produção e os preços ao consumidor.
Mesmo a adopção de medidas tímidas de regulação do mercado - que agora já se atrevem a considerar - há muito que podia e devia ter sido concretizada.
O controlo público e democrático do sector energético é o único caminho que garante um sector económica, social e ambientalmente sustentável, assegurando estabilidade e a segurança do abastecimento.