Sabe-se que os EUA decidiram adoptar medidas de salvaguarda contra as importações de diversos artigos, nomeadamente, tecidos de malha e soutiens provenientes da China, tendo por base as queixas de várias organizações profissionais representativas da sua Indústria Têxtil.Entretanto, na União Europeia, a importação de produtos têxteis e vestuário da China aumentou muito em 2002, sobretudo nos que já foram liberalizados. A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal refere, a título de exemplo que para os anoraques e fatos de treino, a China passou de uma quota de mercado inferior a 20%, em 2001, para mais de 50%, em 2002, provocando diminuições de preços da ordem dos 40%.Com a salvaguarda americana, pode haver desvios de comércio para a Europa e novas pressões sobre o mercado comunitário, pondo em perigo as indústrias de países, como Portugal, em zonas onde o sector têxtil e vestuário é a actividade económica preponderante.Assim, pergunto à Comissão que acompanhamento está a fazer desta situação e que medidas pensa tomar para salvaguardar a indústria, o emprego e o desenvolvimento regional em zonas como o Vale do Ave, o Vale do Cávado, as Beiras e outros locais onde estes sectores são fundamentais.