O campo de refugiados de Moria ficou reduzido a cinzas depois de vários incêndios deflagrarem na madrugada de 9 de Setembro, sendo as causas ainda desconhecidas.
Mais de 12 mil pessoas, entre elas crianças e adolescentes, estão ali detidas em condições desumanas, um número que é considerado quatro vezes superior à sua capacidade por parte de várias organizações de defesa dos direitos humanos.
Se as condições neste campo eram já manifestamente precárias, agravaram-se ainda mais com o confinamento dos campos, a pretexto da COVID-19, pondo em risco a saúde e mesmo a vida destas pessoas.
Os acontecimentos recentes neste campo de refugiados traduzem uma realidade que expõe a consequência da implementação das políticas migratórias da UE, na construção da “Europa Fortaleza” que atenta contra os direitos humanos mais elementares.
Assim solicito informação sobre:
1. As causas e consequência da deflagração deste incêndio, bem como, quais são as medidas que pretende tomar e apoios disponíveis aos Estados-Membros a fim de socorrer, acolher e integrar na sociedade estas pessoas;
2. O quadro geral dos “campos de refugiados” no território de países membros da UE, nomeadamente quanto à lotação e número efectivo de pessoas detidas, as condições de higiene e salubridade, os serviços de saúde e em particular as medidas implementadas no quadro do surto de COVID-19.