A COVID-19 veio expor as fragilidades que existem, em alguns Estados-Membros, nas Unidades de Cuidados Continuados cuja resposta para as necessidades da população é muito insuficiente.
As inúmeras carências na prestação de cuidados a este nível, no que respeita à capacidade e meios humanos, não são de agora: o problema já existia; o vírus apenas o expôs. O envelhecimento de uma parte significativa da população deveria levar a que estas áreas fossem consideradas importantes ou prioritárias, condicionando também a necessidade da maior integração de cuidados primários com os hospitalares.
Há muito que se exige um reforço das unidades de cuidados continuados com a criação de redes integradas nos serviços públicos, em articulação com os cuidados de saúde primários. O modelo de contratação de serviços com o sector social e privado cria muitas dificuldades no acesso aos cuidados necessários no tempo e locais adequados.
Se queremos prestar cuidados continuados integrados a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência, então são necessárias outras políticas que permitam o investimento público e o reforço de meios, capazes de garantir respostas universais, acessíveis e de qualidade a todos os que necessitem destes cuidados.