Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Homenagem a Militão Ribeiro

 

O PCP irá levar a cabo durante o mês de Janeiro um conjunto de iniciativas de homenagem a Militão Ribeiro por ocasião dos 60 anos do seu assassinato pela PIDE.

A realização de uma sessão evocativa em Lisboa, no próximo dia 27, com a presença de Jerónimo  de Sousa, Secretário-geral do PCP, e de uma outra sessão em Murça, a 16 de Janeiro, de onde Militão Ribeiro era natural, seguida de uma romagem à sua campa, constituem, a par do lançamento de uma publicação especial, algumas das mais importantes iniciativas que terão lugar durante este mês.

Militão Ribeiro, corajoso combatente antifascista e destacado dirigente comunista, com uma vida marcada pela entrega heróica às causas da liberdade, da democracia e do socialismo sofreu, como muitos outros, a repressão brutal do regime fascista, tendo passado 10 anos da sua vida nas cadeias fascistas, entre elas o campo de Concentração do Tarrafal em Cabo Verde.

Foi membro do Secretariado do Comité Central do PCP nos anos 40, tendo tido um papel particularmente destacado, ao lado de outros dirigentes comunistas, na reorganização do Partido no quadro do IV Congresso do PCP, assim como, nas grandes greves operárias dessa década que tornaram o PCP numa grande força nacional.

Foi preso a última vez pela PIDE em 1949 numa casa no Luso, juntamente com Álvaro Cunhal e Sofia Ferreira, tendo vindo a morrer a 2 de Janeiro de 1950, com 54 anos, na Cadeia Penitenciária de Lisboa.

Com a publicação que será lançada, o PCP divulgará alguns documentos inéditos que comprovam de uma forma mais precisa as condições brutais nas quais Militão Ribeiro veio a ser assassinado pelas mãos da PIDE.

Militão Ribeiro, um revolucionário convicto, um dos mais destacados construtores do PCP, foi não apenas uma das muitas vítimas do fascismo em Portugal mas, sobretudo, um extraordinário exemplo de dedicação e coragem devotados à luta pela liberdade, pelo socialismo e pelo comunismo. Na memória de todos os democratas ficaram gravadas para sempre as palavras que Pablo Neruda lhe dedicou, num poema escrito em 1954 – Os presídios.     

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