Concordamos e defendemos que a hierarquia dos resíduos deve ser respeitada. No entanto, a defesa do mercado único prevalece sobre as preocupações ambientais. Embora muitas das preocupações presentes neste relatório sejam justas e necessárias tratar, isto deve ser feito em função da realidade concreta de cada Estado Membros, garantindo uma trajetória de aproximação aos objetivos traçados, por exemplo pela mobilização dos investimentos necessários para prosseguir os objetivos nacionais de gestão de resíduos, de forma a salvaguardar o ambiente e a qualidade de vida da população. Ficam a faltar ainda o apelo à gestão pública do sector de gestão de resíduos e a reversão dos processos de privatização no sector, a rejeição da transferência dos custos para o consumidor de uma ineficiente gestão privada de resíduos, que acentuam desigualdades e assimetrias e não promovem a racionalidade da gestão, a defesa do ambiente ou os interesses das pessoas.