As notícias vindas hoje a público confirmam a denúncia já feita pelo PCP, aquando do anúncio pelo Governo de cinco parcerias público-privadas para a saúde, da intenção do executivo de privatizar os cuidados de saúde primários.
Trata-se de uma decisão que, somando-se a outras medidas incluídas no chamado Plano de Emergência e Transformação da Saúde, a concretizar-se, significaria a privatização dos cuidados de saúde primários para pelo menos 2,5 milhões de pessoas, cerca de um quarto da população do País.
Aproveitando a estrutura criada pelo anterior Governo do PS, que criou as Unidades Locais de Saúde (ULS), o Governo PSD/CDS lançou o processo de privatização da gestão, não só de cinco importantes hospitais do Serviço Nacional de Saúde, mas também das unidades dos cuidados primários de saúde que lhes foram anexadas no início de 2024.
Medidas que subordinariam os cuidados primários de saúde aos objectivos de lucro dos grupos económicos que viessem a deter a sua gestão, acentuando a desvalorização das políticas de promoção da saúde e prevenção da doença, incrementando uma visão hospitalocêntrica e condicionando de forma decisiva a sua autonomia.
Objectivos que podem e devem ser derrotados nas próximas eleições garantindo às unidades do Serviço Nacional de Saúde uma gestão pública, democrática, com autonomia e recursos humanos e financeiros adequados, capaz de responder com qualidade às necessidades das populações como o PCP defende.