Votámos contra esta Resolução porque não só não reconhece as responsabilidades das instituições europeias na crise actual como persiste em medidas que não respondem aos problemas fundamentais que as populações estão a enfrentar, designadamente os trabalhadores, os desempregados e os mais de 85 milhões de pessoas em situação de pobreza.
Depois, a resolução insiste em políticas que estão na causa da actual situação, com destaque para o cumprimento rigoroso do Pacto de Estabilidade, o BCE e a sua falsa independência e a insistência numa governação económica que apenas visa fortalecer os grupos financeiros e económicos das grandes potências que já dominam, de facto, a União Europeia.
No entanto, salientamos a pertinência de algumas perguntas e solicitações de estudos e informações à Comissão Europeia e ao BCE. Mas isso não resolve as questões nem altera as políticas. Lamentavelmente, foram rejeitadas algumas propostas mais incisivas e críticas do papel da Comissão Europeia.