O Instituto Nacional de Estatística divulgou, hoje, dados preliminares sobre o Comércio Externo em Dezembro p.p., revelando que as exportações de mercadorias cresceram em termos nominais 4,4%, enquanto as importações caíram 16,9%.

Estes indicadores registados são um sinal claro de que o abrandamento e a recessão económica que se verifica nos principais mercados comunitários do nosso país (Alemanha, Espanha, França, Itália e Reino Unido), resultado da crise sistémica que atinge toda a União Europeia, reflectem-se já no ritmo das exportações do mês de Dezembro. Ao mesmo tempo, as quedas verificadas nas importações são um reflexo claro da recessão económica no nosso país – não resultado de mais produção nacional, mas das dificuldades no poder de compra vividas pelo povo português.

Estes dados revelam ainda o que o PCP há muito vem alertando: austeridade sobre austeridade tem como consequência a recessão económica. Facto ainda mais evidente, quando este abrandamento indicia um agravamento da situação económica do país.

Os indicadores agora revelados deixam claro a urgência da derrota do Pacto de agressão ao povo português, assinado pelo PS, PSD e CDS, com a União Europeia e FMI e a necessária ruptura com estas políticas de desastre nacional. Situação que torna ainda mais actual e urgente a adopção de um outro caminho e um outro rumo, com a renegociação da dívida pública, uma política assente na defesa do aparelho produtivo nacional, valorizando os rendimentos de quem trabalha, aumentando os salários e as pensões de reforma e que promova o investimento público.

Para isso, apelamos a todos aqueles que são vítimas destas políticas, para que participem na manifestação de dia 11 de Fevereiro, convocada pela CGTP-IN, fazendo do Terreiro do Paço, o Terreiro da luta e do povo, numa grande exigência de ruptura e mudança para Portugal.