A digitalização de muitos sectores de actividade é um processo em curso que deve ter em conta o ponto de partida e a capacidade de adaptação e de celeridade dos diferentes protagonistas.
É assim na agricultura que, cada vez mais, aposta na inovação e na digitalização. Muitas das técnicas inovadoras não estão acessíveis, por exemplo, à pequena e média agricultura e à agricultura familiar por incapacidade de investimento.
Também a elevada média de idade destes agricultores pode levar à exclusão da actividade por falta de competências digitais para, por exemplo, compreender e manusear uma aplicação que pode ser fundamental para o exercício da sua profissão, situação que é necessário precaver, assegurando que ninguém é excluído da actividade por não ter tido acesso à necessária actualização e adaptação.
Face ao exposto, pergunto:
Existem fundos, no âmbito da chamada transição digital, que possam ser alocados às associações de agricultores para formação dos seus associados no sentido de melhorar as competências digitais dos pequenos agricultores e produtores?
No caso de agricultores com mais idade que não consigam acompanhar a digitalização da actividade, podem as associações assumir elas mesmas esse serviço aos agricultores? E há fundos disponíveis para a prestação destes serviços?