No passado dia 9 de Outubro, a Organização Internacional para a Migração (IOM) denunciou a morte de seis migrantes e pelo menos 24 feridos no centro de detenção de al-Mabani, em Tripoli, capital da Líbia, por homens armados, após um protesto contra as condições deploráveis e de sobrelotação onde mais de 3400 pessoas se concentram (quase três vezes mais que em Fevereiro e onde se encontram 356 mulheres e 144 crianças). Uma situação que sucede à morte de pelo menos uma pessoa no mesmo campo, em Abril deste ano, tal como denunciado pelos Médicos Sem Fronteiras.
Segundo esta organização, a sobrelotação dos campos na Líbia não se pode desligar do papel da Guarda Costeira Líbia, treinada e financiada pela UE, na intercepção de migrantes que procuram fugir da Líbia.
Segundo o sítio do Fundo Fiduciário de Emergência da UE para a África, e o correspondente boletim de propaganda de Julho deste ano, a UE transferiu já 99,6 milhões de euros para o controlo de fluxos migratórios e 57,2 milhões de euros para o controlo de fronteiras.
Pergunto à Comissão Europeia:
Que responsabilidades assume na degradação da situação de migrantes e requerentes de asilo na Líbia, por via do financiamento das políticas migratórias da UE?