O PCP, em Pergunta ao Governo apresentada a 26 de Maio passado, questionou o MOPTC sobre a electrificação da ligação da Linha do Sado às oficinas da EMEF no Barreiro, nomeadamente no que diz respeito ao troço de 300 metros, de ligação às instalações da EMEF que incompreensivelmente não foi electrificado, impossibilitando o acesso às oficinas por qualquer material circulante de tracção eléctrica.
A informação dada pelo MOPTC em resposta ao PCP consiste em duas frases. A primeira diz-nos o que já sabíamos: que «no âmbito da electrificação da Linha do Alentejo Barreiro – Pinhal Novo, não foi considerada a ligação às oficinas da EMEF no Barreiro, que nestas instalações apenas se efectua a manutenção de material diesel». A segunda frase dá-nos a perspectiva da REFER: «caso a CP pretenda vir a utilizar as oficinas para a manutenção do material de tracção eléctrica, a REFER estará disponível para concretizar os investimentos que se revelarem necessários, no quadro das suas competências». Fica a faltar a perspectiva da CP e da EMEF.
Assim, ao abrigo do disposto na alínea d) do Artigo 156.º da Constituição da República Portuguesa e em aplicação da alínea d), do n.º 1 do artigo 4.º do Regimento da Assembleia da República, perguntamos ao Governo, através do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, o seguinte:
1. Existe ou não, ao nível das empresas do sector ferroviário sob tutela do Governo (incluindo CP e EMEF), a vontade concreta de garantir a melhor capacidade de resposta das oficinas da EMEF no Barreiro, preparando-as designadamente para a possibilidade de intervenção em material circulante de tracção eléctrica?
2. Que medidas serão então desenvolvidas para que se proceda à electrificação destes 300 metros de via?