Existem hoje elementos suficientemente convincentes que provam que Israel tem usado de forma reiterada armamento com urânio empobrecido. Tal foi o caso no massacre em larga escala que aconteceu na Faixa de Gaza em Agosto 2014.
Estas armas provocam doenças cancerígenas e malformações fetais ao nível das populações atingidas podendo assumir dimensões epidémicas. No Iraque, na cidade de Fallujah onde estas bombas foram lançadas em quantidades industriais pela Coligação Internacional liderada pelos Estados Unidos, 52% das crianças nascem hoje com deformidades.
Os efeitos letais da radioactividade induzida pelas explosões e pelos incêndios subsequentes, entre os quais se estaca o cancro do pulmão e da pleura, podem perdurar durante séculos no meio ambiente e em particular nos aquíferos. Estamos portanto na eminência de mais uma catástrofe humanitária na Palestina e em particular na Faixa de Gaza onde foram despejadas milhares de toneladas de bombas com urânio empobrecido, com efeitos imediatos já documentados.
Perante esta situação, que pensa a Alta Representante fazer para pressionar Israel a assumir as suas responsabilidades perante mais este crime contra a humanidade e que ajuda pode propor às autoridades palestinianas para promover uma monitorização epidemiológica que inclua igualmente todos os cidadãos da UE que se deslocaram àquele território desde então.