Intervenção de

Expiração do Acordo da OMC sobre têxteis e vestuário - Intervenção de Ilda Figueiredo no PE

É positivo que, finalmente, se faça aqui este debate, mas lamento
que o mesmo não tenha acontecido ainda durante os últimos meses do ano
passado, antes da liberalização, como propus. Está em causa o
estratégico sector têxtil, com grandes potencialidades no futuro, que
pode dar um enorme contributo para a coesão económica e social, sendo
urgente a sua defesa na óptica de fileira produtiva, com um programa
específico. Se assim não for, acontecerá o contrário, com mais
desemprego e bloqueios ao desenvolvimento.

Nos países de
economia mais débil, onde as indústrias têxteis e de vestuário têm
maior implantação, como acontece no norte e centro de Portugal, há já
um preocupante crescimento de licenças de importação emitidas
relativamente à China, sobretudo nas categorias de produtos que maior
sensibilidade representam para a indústria portuguesa, designadamente:
T-shirts; camisolas de lã; calças; blusas de senhora e meias, além de
toda a preocupação com os têxteis-lar importados de outros destinos,
como a Índia e o Paquistão.

Assim, em nome da defesa do emprego
e da indústria, é urgente aplicar a cláusula de salvaguarda, dado que
esta só terá efeitos positivos se for rapidamente usada.

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