Entre a primeira e a segunda leitura não foram introduzidas alterações de monta a esta proposta.
Reiteramos por isso a nossa posição:
Esta proposta de regulamento constitui uma inaceitável forma de pressão e de chantagem sobre os países ACP que resistem – com justificadas razões – em assinar ou ratificar os chamados Acordos de Parceria Económica, que mais não são do que acordos de livre comércio entre a UE e países ACP, que poderão ter consequências desastrosas nas frágeis e pouco diversificadas economias destes países, abrindo a porta à colonização dos seus mercados e ao aprofundamento de relações de dependência e subordinação no plano económico. O nosso grupo propôs a simples rejeição da proposta, o que, lamentavelmente, não foi aceite pela maioria do Parlamento. A ideia por detrás do adiamento proposto (que não deixa de ser uma derrota para a Comissão Europeia, que a ele se opunha, com o fundamentalismo que se lhe conhece neste domínio) é bem clara: dar mais tempo aos países para assinar os acordos e não a profunda alteração que se impunha desses acordos. Inaceitável.