A urgência de pôr um travão à epidemia põe em evidência a necessidade de garantir o direito à Saúde e do reforço dos serviços públicos de saúde, universais e gratuitos.
Exige igualmente mudanças reais nas políticas de prevenção e de acesso livre e gratuito a tratamentos. Entendemos necessário o reforço das respostas que possibilitem avanços na medicina e medicamentos, a que esta revisão orçamental procura dar resposta.
Mas a necessidade premente dessa resposta e reforço, não nos demite de uma visão crítica, face às políticas da UE que continuam a promover e a incentivar a mercantilização da saúde e a sua integração no Mercado Único, atentando contra a soberania dos Estados e os interesses e necessidades dos seus povos.
A resposta, que se dirige fundamentalmente a multinacionais farmacêuticas, deve ser canalizada para o desenvolvimento público da investigação, inovação e tecnologia farmacêutica, ao desenvolvimento de tratamentos mais eficientes e eficazes.
É igualmente um imperativo que deste investimento no processo de investigação e produção de uma vacina, os Estados garantam a sua autonomia na determinação e opção pelas soluções que melhor sirvam as suas estratégias de saúde.