Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Estratégia Europeia de Segurança e a Política Comum de Segurança e Defesa

Este relatório, que uniu a direita conservadora e a social-democracia, é um perigoso sintoma do que há muito vimos denunciando sobre o Tratado de Lisboa: o seu contributo para o aprofundamento do neoliberalismo, alicerçado no federalismo e na militarização da União Europeia, como pilar europeu da NATO.

Seguindo o comando das grandes potências, a UE procura dirimir as suas próprias contradições e reposicionar-se perante um processo de arranjo de forças no plano internacional, numa visão concorrencial entre potências sobre recursos naturais e mercados e de uma maior afirmação da União Europeia como bloco económico, político e militar com ambições de intervencionismo global.

Aqui a maioria do PE prescreve a receita que vem defendendo desde há muito:
- a militarização das relações internacionais e da segurança interna a reboque da dita "luta contra o terrorismo";
- o reforço dos orçamentos nestas áreas e a criação de novas capacidades militares que contribuirão para o relançamento da corrida aos armamentos;
- a adaptação aos conceitos dos EUA e da NATO das "guerras preventivas" e ao alargamento da sua intervenção à escala mundial.

O resultado destes desenvolvimentos poderá ser mais guerra, exploração e pobreza como respostas à crise em que o capitalismo mergulhou o mundo.

O caminho da paz exige a ruptura com estas políticas.

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