Esta estratégia apresenta-se como uma oportunidade para assegurar a segurança alimentar e para melhorar os estilos de vida. Como tal, defendemos que deveria assegurar:
.A soberania alimentar, ou seja, o direito dos Estados a determinarem os seus próprios sistemas alimentares e agrícolas e o direito de produzir e consumir alimentos saudáveis e culturalmente apropriados, reconhecendo a soberania alimentar como um direito constitucional dos povos;
.A defesa da produção local e o encurtamento dos ciclos de produção-consumo, bem como a reversão da liberalização e desregulação do comércio mundial;
.A decisão política de garantir aos pequenos e médios agricultores um rendimento decente e estável e a sua participação eficaz numa transição agroecológica;
.A produção agroecológica e localizada de pequenos e médios agricultores, que respeita os alimentos e coexista com o ambiente natural, não usando pesticidas nocivos e fertilizantes químicos.
.A defesa da agricultura familiar, e da pequena e média agricultura por serem as que utilizam de forma mais equilibrada os recursos, quer através de uma vasta diversificação de produtos, quer porque produz localmente o que é consumido localmente, tendo ainda um potencial fixador de populações.
A esta estratégia faltam estes pressupostos, essenciais para concretizar alguns dos seus proclamados princípios.