O relatório tem como objectivo abordar os desafios para as políticas de comércio e de investimento da UE na sequência dos movimentos democráticos no Oriente Médio e Norte da África.
O relator caracteriza os movimentos como um "acontecimento sem paralelo histórico" e logo como uma "oportunidade de abrir as economias da região e criar uma verdadeira economia de mercado", independentemente de ser essa ou não a escolha dos povos em questão.
O relatório faz leves críticas ao papel da UE e seus Estados-Membros por manter relações com as ditaduras das regiões durante décadas (ditaduras, sim, mas "economias de mercado", também, de acordo com os critérios vigentes).
O relatório aponta a fragilidade (social, económica, bem como democrática) da situação nos diferentes países, mas ao mesmo tempo, explica que "a UE é o maior mercado de consumidores do mundo, ao qual só deveria ser concedido acesso se os países parceiros estiverem seriamente empenhados na abertura bilateral de mercados".
Defende-se a ideia de que os Acordos de Comércio Livre Globais e Aprofundados são o caminho correcto para o desenvolvimento social e económico daquelas regiões.
A visão neoliberal da apologia do livre comércio inspira todo o relatório. Obviamente, votámos contra.