É um relatório que não tem em conta os verdadeiros problemas que se vivem na América Latina e não estabelece os pontos essenciais que deveriam estar contidos na estratégia da UE para as relações com a América Latina.
Por exemplo, passa por cima de todos os problemas económicos e sociais que resultarão da assinatura dos Tratados de Livre Comércio, aceita como um facto incontestável a normalização das relações com as Honduras, ignorando o golpe de Estado e os assassinatos ainda recentes de membros da Frente de Resistência contra o golpe. Ignora a situação na Colômbia, os crimes dos paramilitares, as perseguições a sindicalistas e políticos, os quais não constituem problema digno de qualquer referência. Por outro lado, critica, embora nunca refira explicitamente esses países, a Bolívia e a Venezuela
Mas, entretanto, não diz nada quer sobre a reactivação da IV Frota dos EUA para a região, quer relativamente ao plano de uso de sete bases militares colombianas pelos EUA, ou sobre operações de ingerência que são desenvolvidas a partir de bases militares em territórios de países da UE e da NATO.
Lamentavelmente rejeitaram a generalidade das propostas que fizemos sobre os temas acima referidos pelo que, no final, votámos contra a resolução.