A forte agitação marítima que se fez sentir nas últimas semanas obrigou as populações de Espinho a colocar barreiras de proteção destinadas a impedir o alastramento da água para os espaços habitados de algumas das zonas costeiras deste Concelho sendo a zona de Paramos a mais afetada.
Também em Ovar, os estragos provocados pelas intempéries foram motivo de visita do ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, e do secretário de Estado do Ambiente, ao concelho para averiguarem os danos causados pelo mau tempo e equacionarem medidas de urgência no Furadouro onde vivem cerca de duas mil pessoas.
Importa salientar que os prejuízos na costa de Ovar foram avultados mas existem outras zonas ameaçadas, como a Mata de Maceda.
Para o PCP é matéria de grande preocupação as previsões de"ondas fortíssimas para a mesma zona no mês de fevereiro", tendo em conta a segurança das populações que ali vivem.
Particularmente nos bairros piscatórios de Esmoriz e do Furadouro, onde todos os invernos devido à precariedade das construções em madeira e à sua excessiva proximidade ao mar, as pessoas são expostas ao perigo. As inundações verificadas no final de 2013 foram de grandes proporções obrigando ao realojamento destas pessoas em parques de campismo e em unidade hoteleiras.
Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicitamos ao Governo que, por intermédio do Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território nos sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
1.Qual o montante apurado pelo governo dos prejuízos causados pela intempérie na orla marítima?
2.Face aos avultados prejuízos no concelho de Ovar quais as medidas de urgência equacionadas para Furadouro, para salvaguardar as populações de situações semelhantes considerando a fortíssima ondulação prevista para o mês de fevereiro?
3.Quais as medidas equacionadas para as pessoas que são realojadas sempre que existe inundações?
4. Que tipo de intervenção prevê o Governo para Mata de Maceda em Ovar?