Este relatório pede uma melhoria dos direitos de participação dos trabalhadores e a integração desta questão já na revisão do regulamento relativo ao estatuto da Sociedade Cooperativa Europeia, e não apenas na directiva 2003/72/CE relativa ao envolvimento dos funcionários. É para nós evidente que a promoção da economia social e do sector cooperativo pode ser um factor importante para o reforço dos sistemas produtivos, nomeadamente associados a necessidades e realidades locais e regionais. É também verdade que as formas de funcionamento da gestão cooperativa devem realizar formas mais justas e equitativas da redistribuição do produto pelos seus membros e trabalhadores. Nesse sentido, parece-nos positivo que o relatório evidencie a importância de que os Estados-Membros transponham determinados artigos da Directiva relativa aos direitos dos trabalhadores e que se tomem medidas que incentivem o potencial de desenvolvimento das cooperativas, sobretudo hoje, em período de crise económica. No entanto, não nos reconhecemos na premissa de que o futuro estatuto da SCE deva encorajar o desenvolvimento do mercado interno da União Europeia, ou seja, de um mercado que promova a livre circulação de capitais, de bens e serviços no quadro da concorrência capitalista