O processo de privatização da TAP, segundo informações vindas a público, esteve associado a um esquema envolvendo o empresário David Neelman e a Airbus (empresa detida por Estados- Membros da UE), que terá lesado a TAP em 444 milhões de euros e proporcionado à Airbus uma apropriação potencialmente ilícita de recursos da TAP. Após a Atlantic Gateway, empresa de David Neeleman e Humberto Pedrosa, ter sido selecionada para a privatização, em junho de 2015, o empresário fez um acordo com a Airbus, na sequência doqual o fabricante entregou 226,75 milhões de dólares a outra sociedade de Neeleman, dinheiro depois canalizado para a Atlantic Gateway.
Terá sido este o dinheiro usado para a injeção de capital que garantiu a privatização.
Neeleman comprou a TAP com dinheiro da TAP. O esquema envolveu a desistência do leasing de 12 aeronaves A350 e a assinatura de um contrato para adquirir 53 novos avisões. Segundo a consultora Airborne Capital, que comparou os valores cobrados à TAP com os de outras dez encomendas do mesmo tipo de aviões, a TAP estará a pagar cerca de 254 milhões de dólares acima do valor de mercado no leasing dos novos aviões.
Que avaliação faz a Comissão Europeia deste processo e do envolvimento e responsabilidades da Airbus?