Recebemos a Plataforma de Sindicatos como reconhecimento do papel que tem tido, da unidade que tem demonstrado nesta justa luta dos professores e que se arrasta há décadas. Sublinhamos a unidade demonstrada por esta plataforma sindical em torno das questões fundamentais dos professores, mas também da educação. Esta unidade e determinação é acompanhada pelos professores, numa justa luta, com objectivos muito concretos, desde logo as questões da carreira, do reconhecimento do tempo de serviço, mas também da precariedade, e um amplo conjunto de problemas que foram aqui sublinhados e que têm estado presentes nas lutas que se têm travado.
Destacamos duas questões que atravessam estes processos de luta: desde logo, a questão do respeito (da dignidade e do respeito pelos professores, pela sua carreira, pela sua profissão) e a defesa da escola pública.
E se há coisa de que não se pode acusar os professores é de falta de empenho na defesa e na garantia da escola pública e do que ela contém.
Foram aqui partilhados estes problemas, foram aqui reafirmadas a determinação e unidade tanto na luta, como na busca de soluções para os problemas. Não se pode acusar os professores de falta de disponibilidade. O ónus de toda essa responsabilidade está no governo e nas suas opções de tudo fazer para iludir uma eventual negociação, que na prática não está em curso.
Mas aquilo que foi aqui novamente sublinhado pela Plataforma sindical é que, a manter-se esta unidade e determinação (e do que se conhece, ela está aí) não será fácil ao Governo não dar resposta aos problemas que estão colocados.
A exigência é muito grande, mas a unidade e a determinação dos professores não são menores e portanto saímos daqui com confiança e com este compromisso de que a luta terá necessariamente de continuar e não restará alternativa ao governo a dar respostas aos problemas. Vai ter mesmo de encontrar as soluções.
E reafirmamos, juntamente junto da Plataforma Sindical, o empenho do PCP em continuar no plano institucional encontrar soluções e propostas que respondam os problemas dos professores, bem como uma solidariedade que vai para lá no nosso trabalho institucional, na rua, na escola, onde for necessário, para defender os professores, defender a profissão, trabalhar para a resolução dos seus problemas, dignificá-los e respeitá-los e, neste enquadramento, defender e aprofundar a escola pública, que é uma questão central.
