A actual ofensiva neoliberal que varre a UE, visa acelerar e aprofundar a
lógica liberalizadora e privatizadora — inscrita na denominada
«Estratégia de Lisboa» —, concentrando sectores estratégicos
sob domínio dos grandes grupos financeiros, colocando em causa o emprego
de milhares de trabalhadores, a qualidade da prestação e o acesso
das populações a bens e serviços essenciais, de que são
exemplo, a água, a educação, a saúde, a cultura,
a energia, os transportes, os serviços postais, representando uma autêntica
regressão de direitos sociais.
Os deputados do PCP ao PE e o seu Grupo GUE/NGL realizaram um amplo conjunto
de iniciativas em defesa dos serviços públicos, sendo de destacar
a iniciativa que reuniu mais de 50 organizações e sindicatos,
realizada em Lisboa, assim como os encontros com comissões de utentes
de serviços públicos e comissões de trabalhadores de empresas
públicas ou com capitais públicos.
Intervieram no debate do relatório sobre o «Livro Verde sobre
os Serviços de Interesse Geral» onde defenderam o fim das políticas
liberalizadoras e privatizadoras, a defesa de serviços públicos
de qualidade, a garantia do direito de acesso de todos os cidadãos, o
respeito pelas especificidades de cada país. Sendo de salientar que —
ao contrário dos deputados do PCP ao PE que votaram contra —, os
deputados do PSD, do CDS-PP e do PS votaram favoravelmente a resolução
do PE que branqueia e incentiva as liberalizações e à privatização
dos serviços públicos em quase todos os sectores essenciais.