Elogios ao comportamento político e pessoal do Deputado Afonso Candal (PS), que renuncia ao seu mandato.
Sr. Presidente,
É também para interpelar a Mesa — por uma vez uma interpelação do CDS se justifica, Sr. Presidente! — para dizer, com toda a amizade (e ainda bem que há esta oportunidade), que o Sr. Deputado Afonso Candal teve um desempenho, enquanto parlamentar, que prestigia o Parlamento.
Bem me lembro, como ele referiu, quando entrámos em 1995 nesta Assembleia. Se calhar, até posso dizer, porque não é menorizar, que não foi o Deputado Afonso Candal aquele que, de entre os jovens Deputados do Partido Socialista de então, mais apareceu logo na primeira linha do combate parlamentar, mas o certo é que, pela perseverança e pela seriedade do trabalho que tem vindo a fazer, naturalmente com as discordâncias que temos em relação às posições políticas, ele foi ficando e, provavelmente, não foi por acaso. Melhor: tenho a certeza de que isso não foi por acaso.
É certo que continuará, com certeza, na sua vida profissional e pessoal, a defender as posições do Partido Socialista — nada me leva a crer o contrário — e, portanto, continuaremos a estar em campos opostos deste ponto de vista, mas tenho a certeza que continuaremos a ter uma relação de grande cordialidade e amizade e que continuaremos a ter no Afonso Candal um defensor do Parlamento e da democracia portuguesa.