Camaradas e amigos
As eleições autárquicas do próximo dia 1 de Outubro são parte integrante dos objectivos de luta do nosso Partido na nova fase da vida política nacional e na complexa situação internacional em que vivemos.
A batalha das eleições autárquicas tem como elemento essencial a decisão sobre a composição dos órgãos autárquicos, sobre quem vai assumir a responsabilidade da sua direcção, que projecto e valores vão determinar, que força relativa têm em cada autarquia, com toda a importância que isso comporta para os concelhos e freguesias, para os trabalhadores e a população.
A CDU, Coligação Democrática Unitária, PCP-PEV é a opção de todos aqueles que querem a protecção e o desenvolvimento dos respectivos concelhos, é a opção pelo trabalho, honestidade e competência, pelas provas dadas, por um projecto de futuro.
A CDU, Coligação Democrática Unitária, PCP-PEV é a opção que corresponde aos interesses dos trabalhadores das autarquias locais, essenciais à prestação dos serviços que tanto têm sido atingidos pela política de direita e que na sua luta tiveram nos eleitos da CDU, um apoio essencial, de que é exemplo a manutenção e reposição das 35 horas de trabalho, com os eleitos a assumir corajosamente a sua opção de defesa dos interesses dos trabalhadores.
Trabalhadores das autarquias que têm nos eleitos e na gestão da CDU o apoio para novos passos na defesa e melhoria dos seus direitos, condições de trabalho e de vida.
As eleições autárquicas, além da sua expressão essencial no plano local, constituem uma grande batalha política cujos resultados têm um importante significado nacional.
Face à posição revanchista do PSD e do CDS, face às opções do PS e do seu governo de compromisso com a submissão ao Euro, às orientações da União Europeia e aos interesses do grande capital, face à resistência do governo em dar resposta a questões essenciais, cada voto na CDU nas próximas eleições autárquicas é um sinal e uma afirmação de que é preciso ir mais longe na defesa, reposição e conquista de direitos, é uma opção para dar mais força à política patriótica e de esquerda que cada vez mais se coloca como necessidade.
A campanha eleitoral é inseparável do objectivo fulcral do esclarecimento e de todos os aspectos de mobilização para o voto na CDU, PCP-PEV, mas a campanha eleitoral como grande campanha política de massas é muito mais que isso.
A acção eleitoral exige o máximo da organização do Partido.
A acção eleitoral dinamiza a acção do Partido.
A acção eleitoral cria condições para o reforço do Partido.
É necessário aproveitar ao máximo essas condições.
É necessário aproveitá-las no trabalho de contacto e envolvimento de milhares e milhares de pessoas sem filiação partidária nas listas e no apoio à CDU.
Na ligação às populações com o contacto directo, conhecendo problemas, aspirações e reivindicações, intervindo para os resolver, dinamizando a luta das populações.
No alargamento da venda do Avante! e do reforço das estruturas de propaganda assegurando uma ligação directa à população, a única que garante que chega a nossa análise, mensagem, soluções e projecto a cada pessoa, rompendo com a insidiosa e sistemática acção de silenciamento, desvalorização, manipulação e calúnia dos principais órgãos de comunicação ao serviço do grande capital.
Na angariação dos meios financeiros indispensáveis à batalha eleitoral e à independência financeira do Partido.
É necessário aproveitar as condições que a acção eleitoral propícia na dinamização da intervenção junto de camadas e sectores sociais específicos.
Na responsabilização das organizações e militantes que actuam nas empresas, nos locais de trabalho, dos dirigentes e activistas do movimento sindical, das comissões de trabalhadores, com objectivos concretos nesta batalha eleitoral, associados ao seu papel na organização, unidade de luta dos trabalhadores.
Na garantia dum grande êxito da Festa do Avante, fazendo da participação naquele espaço magnifico de convívio, cultura, amizade e fraternidade, dos membros das listas de cada freguesia e municípios e de muitos dos que as apoiam, ponto de encontro e agregação, de onde se parte para a dinâmica final para as eleições. Aspecto que coloca desde já no programa da campanha em cada freguesia e município a participação na Festa do Avante nos dias 1,2 e 3 de Setembro e a organização da respectiva deslocação, como elemento de valorização da Festa e como elemento integrante da campanha eleitoral.
Mas também aproveitar todas as condições que propicia a acção eleitoral para o recrutamento de novos militantes e a sua integração nas organizações do Partido.
Para o aproveitamento da disponibilidade de participação e militância que se revelam nas eleições, particularmente nas eleições autárquicas, na batalha eleitoral e em responsabilização por tarefas mais permanentes.
Tudo isto para a afirmação do nosso ideal e projecto.
Tudo isto para um PCP mais forte.
Um PCP mais forte para preparar as eleições e o êxito eleitoral.
Um PCP mais forte para desenvolver a luta dos trabalhadores e das populações, nas várias acções em curso, nas comemorações do 25 de Abril e no 1º de Maio.
1º de Maio a maior jornada de luta internacional dos trabalhadores. 1º de Maio que na actual situação constitui uma oportunidade e uma necessidade de afirmação da força organizada dos trabalhadores. O grande capital nacional e transnacional, os centros da União Europeia, o PSD e o CDS, o Governo PS, deverão ter a necessária resposta no 1º de Maio. Os trabalhadores vão dá-la, vão afirmar a necessidade da produção, do emprego, dos salários, da redução e regulação dos horários, do combate à precariedade e da segurança no emprego, dos direitos, do desenvolvimento, da soberania, duma sociedade livre da exploração do homem pelo homem. A CGTP-IN cumprindo a sua missão como grande central sindical dos trabalhadores portugueses organiza por todo o País quarenta concentrações e manifestações. A escassas três semanas aqui fica o apelo a todos vós participantes e convidados do nosso encontro e por vosso intermédio aos trabalhadores e ao povo português: todos ao 1º de Maio. Vamos fazer um grande 1º de Maio.
Um PCP mais forte como força portadora da convergência, da agregação dos democratas e patriotas por um Portugal soberano e desenvolvido.
Um PCP mais forte para a luta que continua, pela defesa, reposição e conquista de direitos, pela alternativa patriótica e de esquerda, por uma democracia avançada com os valores de Abril no futuro de Portugal, pela paz e o progresso social, por uma sociedade nova, a sociedade socialista que o capitalismo, com a sua brutalidade exploradora, opressora e predadora, com a sua lógica de agressão e guerra coloca como exigência da actualidade e do futuro.
Viva a Coligação Democrática Unitária
Viva o Partido Comunista Português