O sector ferroviário é duma importância estratégica para o País, para o desenvolvimento económico e os mais diversos aspectos da vida. O seu desenvolvimento e modernização inclui, com determinadas prioridades o recurso à alta velocidade, mas passa sempre pelo desenvolvimento e modernização da rede ferroviária convencional, no quadro duma rede ferroviária integrada e de um plano geral de transportes.
Após anos de reivindicações das populações, intervenção das autarquias e acção do PCP, foi feita a electrificação da linha do Sado, permitindo o recurso a melhor material circulante. É necessário que se aproveitem devidamente as potencialidades existentes, seja para o transporte de passageiros, seja de mercadorias, designadamente a capacidade de reparação existente, como é o caso das oficinas da EMEF no Barreiro.
As instalações da EMEF no Barreiro têm uma especialização em material circulante diesel, mas estão preparadas e podem e devem ser orientadas para a reparação de material circulante eléctrico.
Já há trabalhadores com condições para o fazer e outros se têm formado nessas valências. Assim, além da vertente Diesel que corresponde à sua especialização mais tradicional, é de grande interesse a sua utilização na vertente eléctrica, aspecto tanto mais importante quanto com a localização das oficinas da EMEF no Barreiro junto à Linha do Sado, recentemente electrificada e dotada de material circulante com essas características, facilita e dá maior eficácia a um conjunto de reparações necessárias, aproveitando os trabalhadores especializados do parque oficinal do sul.
Sucede que, quando dos trabalhos na Linha do Sado, houve um troço de cerca de 300 metros na ligação da linha às instalações da EMEF que incompreensivelmente não foi electrificado, criando dificuldades de acesso das composições às oficinas.
Coloca-se assim, com urgência, a necessidade de electrificação deste troço, que permitirá uma maior eficácia e qualidade na reparação dos comboios da Linha do Sado e abrirá novas possibilidades de aproveitamento e desenvolvimento das oficinas da EMEF no Barreiro, da capacidade produtiva da empresa e da aposta na ferrovia nacional.
Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicitamos ao Governo que, por intermédio do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações os seguintes esclarecimentos:
Conhece o Governo que falta a electrificação deste troço de acesso às oficinas da EMEF no Barreiro?
Está disponível para dar orientações para a electrificação do respectivo troço com vantagens evidentes?
Quando é que se propõe fazê-lo?