O objectivo defendido neste relatório é claro: a "criação de um quadro estratégico único" para o FEDER e outros Fundos Estruturais, nomeadamente o FEADER e o FEP, já a partir do próximo período financeiro após 2013, assim como a sua coordenação com outros instrumentos da vertente externa das políticas da UE.
Ao criar um quadro estratégico único poder-se-ão perder especificidades e a diversidade de áreas e sectores beneficiados, abrindo caminho à restrição do orçamento comunitário e à redução das verbas dos fundos, como têm defendido as grandes potências da UE.
Este novo enquadramento visa fomentar a concorrência e o reforço da integração das políticas da UE para concretizar a estratégia Europa 2020, favorecendo os grandes grupos económicos e financeiros e a concentração e centralização do capital. Pela nossa parte continuamos a defender a valorização e complementaridade destes fundos para defender e promover a produção em cada país, para combater o desemprego e promover o emprego com direitos, criar e distribuir melhor a riqueza criada, defender serviços públicos de qualidade, combater a pobreza, defender a pequena pesca costeira, a agricultura familiar e os pequenos e médios agricultores.